sexta-feira, 21 de junho de 2013


 
Estás longe de mais para tocar-te.
Fecho os olhos e só vejo mar,
este mar imenso que nos une e nos separa.

Nesta lonjura de barcos e sonhos doridos,
Partem meus ais de ilusões sofridas.
Que morram na tua praia
e fiquem no teu corpo de sereia.

Humana, nua.

António Alves

              Leiria          Rio Lis


 



No teu canto
A saudade
No teu rio
O meu sorriso
Na tua boca
O meu silêncio

Se te calas
Fico nu.

António Alves

segunda-feira, 17 de junho de 2013


Num dia desta  primavera
fotografei o Rio assim…


 
 




E o poema aconteceu!
RIO LIS
 
O meu rio
inscrito nos teus olhos.
Sigo as águas
e encontro-te.
 
No furor da tua boca
os meus lábios bebem
a espuma do teu gosto.
 
Entrego-me.
Percorro-te.
 
As minhas mãos
aquecem as tuas pernas
afagam os flancos
e descem.
 
 
Uma festa na tua fresta.
 
Respiras prazer
sussurras e gritas
suplicas.
 
Como o teu corpo
a água chora de alegria
e segue o seu caminho.
 
O mar espelhado no teu rosto.
 
António Alves
17/06/2013

 



Neste quarto
Na tua cama
Liberto o meu corpo
E recordo sonhos.
As tuas mãos
Ânsia e prazer
Alma feita fonte
Sedenta
Incansável de amor.
Nestas lençóis
No cetim do teu corpo
Inquieto-ardente
Ergo o cálice.
O teu perfume
Os meus olhos
No teu peito.

 
 
A minha boca
Voz de liberdade
Reflexo de luz.
A tua nudez
E o teu silêncio
São nascente
Palavras-gemidas
Fonte de vida.
Neste quarto
na tua cama
No teu corpo
liberto o meu

António Alves
17/06/2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013


 
 
 
 




O DIA PROMETIA

 

Hoje quando acordas-te
já eu sonhava brisas quentes
O sol inundava o teu quarto
as árvores sorriam para ti

O dia prometia

Começo a acreditar que há deusas
Olho-te e vejo transparências

António Alves



 
FINITO

A tua ausência
Me prende

Fujo de mim
Fico parado
Olho o nada
Lembro tudo

Fico pássaro
Ferido


Quando não estás
Não sei voar
Não sei nada

Sinto-me só
Finito

António Alves
14/06/2013