terça-feira, 8 de julho de 2014

      A fogueira do teu corpo...
 


A fogueira do teu corpo
a arder nos meus sonhos

Na minha lama
o reflexo da tua

Nas minhas mãos
O teu sorriso

António Alves
08/07/2014

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Às vezes falo de Deus...
 

Às vezes falo de Deus
falo de perfeição
 
Agora falo de ti
falo de amor
 
António Alves
18/06/2014

terça-feira, 17 de junho de 2014

       Regressar aos montes...
 



Regressar aos montes
à frescura da ribeira
ao tempo das espigas
ao verde ondulante dos milheirais
às horas do sol e da cesta
Ao tempo sem horas
 
António Alves
17/06/2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

    Regressas sozinha da fonte...
 

Regressas sozinha da fonte
 
Trazes água nos olhos
um sorriso na boca
um cântaro de beijos
 
És a felicidade
A palavra de Deus
 
António Alves
16/05/2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Tão calmo é o luar dos teus olhos...
 
Tão calmo é o luar dos teus olhos que teme acordar a lua
que espreita no remanso do rio

A lua refletida no teu sorriso
ilumina de espanto
este poema de saudade

Caminho na descoberta da fonte
A minha sede vem de longe

António Alves
13/05/2014
Beija-flor...
 
Beija-Flor
 
Esperei por ti
no silêncio das palavras
 
Espero que o beija-flor
me saia da garganta
e que o meu canto irrompa
e floresça renascido
 
Não quero o silêncio
só tu tens sentido
 
António Alves
13/05/2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

     A arder....Eu e Tu...
 

A arder… Eu e Tu

Palavras que o fogo acende
no tempo e no momento
em que os nossos lábios
se tocam

Corpos que a chama queima
silêncios, gemidos
Vulcão que sangra
Prazer

António Alves
06/05/2014


         Vivo em ti...
 


Vivo em ti
nos fragmentos
dos teus sonhos
na imagem
que os teus braços
abraçam

Sou poema
no sorrir
do teu sorriso

Beijo-te
nas palavras ditas

António Alves
06/05/2014

sábado, 12 de abril de 2014

Amor e saudade, solidão...
 
Amor e saudade, solidão
 
Palavras que o fogo acendeu
no tempo e no momento
em que os lábios se tocaram
 
Corpos que a chama queimou
Silêncios, gemidos, sofrimento
 
Vulcões que sangram
No  prazer
Na ausência
 
António Alves
12/04/2013

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os poetas não morrem...
 
Os poetas não morrem.
São mundo e são universo,
são vida pra lá da vida.
 
São humanos na loucura,
sábios, lúcidos, mendigos
na procura das palavras
 
E se dizem sem dizer,
é porque só querem ser
arautos sem parecer!...
 
António Alves
11/04/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sem ti
fico vazio e perdido...

 
Sem ti
fico vazio e perdido
 
O mar chora a tua ausência
o navio afoga-se
as ondas afundam-se
 
O tempo esgota-se na saudade
as lágrimas escorrem sangue
e o rio fica salgado
 
A solidão é uma cadeira vazia
O teu sorriso longe dos meus dedos
Os meus olhos fechados
 
António Alves
10/04/2014
Como numa praia deserta...

 
Como numa praia deserta
as ondas deitadas na areia
 
Na espuma dos pensamentos
a água que escorre dos teus olhos
a luz que ilumina os teus seios
 
O meu corpo na sombra do teu
 
Na premência dos sonhos
talvez a esperança de um sorriso
as minhas mãos nas tuas
 
Deixar de te amar é morrer
Quero estar a sós contigo.
 
António Alves
10/04/2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Os cachos maduros do corpo...
 
Os cachos maduros do corpo

O mosto salgado da vida
a ternura frágil dos lábios
as mãos quentes do beijo
os dedos plantados no rio
o sorriso preso nos olhos
os braços despidos no corpo
a pele colada à pele

O jardim dos nossos sonhos
a criança que nos habita

O teu sorriso

António Alves
08/04/2014
 De linho vestida...
 


 
De linho vestida
 
Um anjo desceu à terra
uma luz na minha alma
 
Brancos e nus os teus ombros
os teus seios rosáceos bordados
 
Pode a água voltar à fonte?
 
António Alves
08/04/2014
 

terça-feira, 1 de abril de 2014

      Na música nos encontrámos...
 


Na música nos encontrámos
 
No castanho dos teus olhos
e no sorriso dos lábios
sinto o perfuma da rosa
paz
 
Em silêncio te amo
naquele banco de jardim.
 
António Alves
01/04/2014

terça-feira, 25 de março de 2014

      Vem cavalgar comigo...



Vem cavalgar comigo,
vencer o tempo
no dorso do meu corcel.

Ergue as crinas das memórias,
levanta os pés do chão,
e dança no varão erguido.

Vem e esquece as lágrimas.

Vem banhar-te no meu mar,
deixa quer o navio entre no rio.

António Alves
25/03/2014
       É abril e está sol
       o teu perfume me basta...
 


É abril e está sol.
Levanto a cabeça
e procuro-te
nas flores da laranjeira,
nos lírios o campo.

O teu perfume
me basta…

António Alves
25/03/2014
           Foste água...
           Chegaste e partiste...
           Continuas presente!
 

Foste água. Chegaste e partiste,
tempestade,
desassossego,
eclipse talvez.
Agora voas
distante!..
Deixaste
um mar ausente,
vazio.
Foste poesia
sem palavras.
No meu peito
és poema.
Continuas presente.

António Alves
25/03/2014


quarta-feira, 19 de março de 2014

        Queres saber quanto te Amo?
 


Queres saber quanto te amo?
Entra numa floresta
Procura a árvore de maior porte
Senta-te sobre os seus ramos
Levanta a cabeça
Fixa os teus olhos nas folhas
Consegues por acaso conta-las?
 
António Alves
19/03/2014

Pintura:
António Alves
       Amor que não queima não é amor...
 



Amor que não queima não é amor
Uma fogueira arde no meu peito
Lava em chamas escorre sobre o meu corpo
Tu és o vulcão...
 
António Alves
19/03/2014


Pintura:
António Alves 

terça-feira, 18 de março de 2014

      Gata fêmea...
 


Gata fêmea

sobre os meus joelhos
salta e sorri.
Dança o samba
canta.
Embriagada
lambe as feridas
da minha ousadia.
O meu coração
de pedra
derreta-se.
Assim ficamos
inertes
de conchinha.

António Alves
18/03/2014



      Do rouxinol
      a voz...

 

Do rouxinol
a voz
Cas carpas
o rio
Da floresta
a sombra
Do oceano
as lágrimas
Das nuvens
o sol
Da terra
as flores
De nós
o amor.

António Alves
18/0382013

terça-feira, 11 de março de 2014

     Atrás de ti...    
 


Atrás de ti

apenas existe
o que ficou.

Lembra-te

Os maiores pecados
são os melhores
deixam saudades.

António Alves
11/03/2014

    Na boca uma cratera...





Na boca uma cratera
Entre as pernas um vulcão
No corpo ardemos....
 
António Alves.
11/03/2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

          Amo as flores
          amo as mulheres
          A Mulher!...



    

Amo as flores
 
Planta-las
acarinha-las
vê-las crescer
abrir.
Amo as flores
lírios
rosas
açucenas
amores-perfeitos.
Amo as flores
do meu jardim
de terra fértil.
Também amo as outras
as que nascem
nas pedras
na parede
à beira do caminho.
Amo as flores
nuas
frágeis
difíceis de chegar
agrestes
com espinhos
que morrem.
Amo as flores
com cheiro
com cor
brancas
pretas
e,
porque amo as flores
não as quero de plástico.
Prefiro as que cheiram
que chegam
que partem
que deixam saudade
perfume.
Porque amo as flores
amo as mulheres.
A Mulher!
 
António Alves
03/03/2014
           A arte é vício....
        
    

A arte é vício

A carne é fraca
a vida é faca
a morte é certa
 
O tempo é nada
o espaço és tu
o lugar sou eu
 
Amar é verbo
conjunção
substantivo.
 
António Alves
 03/03/20104

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

            Com que palavras me queres....
 

Com que palavras me queres
se o teu silêncio me mata?
 
Com que voz insinuas
que o teu corpo é o mar?
 
Com que amor me possuis
se os beijos são roubados?
 
Com que prazer me despes
se não acreditas no amor?
 
Com que música me beijas
se os teus olhos estão tristes?
 
Contigo aprendi o desejo.
 
António Alves
27/02/2014
      Atravessei o mar...
 


Atravessei o mar
e inventei viagens
nos dias da lua…
 
Percorri as águas
e semeei ilusões
 
Regressei sem lugar
abracei a flor renascida
e as palavras perdidas
 
Agora a minha voz
acena de mãos vazias…
 
António Alves
27/02/2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

     Se eu fosse barco...
 


Se fosse um barco
Aportaria o teu rio
ergueria o mastro
navegaria ao sabor da maré.

Na tua enseada
seria hóspede…
Ou somente árvore
no teu leito…

Bem fundo, fundo
todas as madrugadas.

António Alves.
25/02/2014
          Falámos de rosas...


Falámos de rosas

de flores
da natureza
de amores

Falámos de nada
não dissemos
Sentimos

Sei que foram
sonhos

Amei-te...

António Alves
25/02/2014

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


    Na coincidência nos encontrámos...


Na coincidência nos encontrámos.
Janelas abertas para o mar,
espelhados na tela,
dois olhos grandes sorriem.

Uma tocha acesa ilumina o quarto,
uma luz suave encha a casa.

Como então continuo a ver-te…
Olhos, boca, seios…
A chama arde na fogueira da alma.

Inseparável de mim o teu sorriso.
Fotografei-te.

António Alves
24/02/2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

    E se eu fosse Jornal...


E se eu fosse jornal
letra nas tuas mãos
texto nos teus cabelos
palavras na tua boca

E se me lesses despido
me roubasses a tinta
e me pintasses os dias

A tua boca na minha.

António Alves
21/02/2014
    E se voando sobre o teu corpo




E se voando sobre o teu corpo
te inundasse em beijos de ternura
entrasse nele
e morresse dentro dele…

E se houvesse sempre um recomeço
um novo voo picado.

António Alves
21/02/2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

        A minha boca
        despe o teu peito...



A minha boca
despe o teu peito…

Os meus lábios
sedentos
viajam
no teu rio.

Rendidos
bebem devagar
o segredo e o vício….

António Alves
20/02/2014