sábado, 12 de abril de 2014

Amor e saudade, solidão...
 
Amor e saudade, solidão
 
Palavras que o fogo acendeu
no tempo e no momento
em que os lábios se tocaram
 
Corpos que a chama queimou
Silêncios, gemidos, sofrimento
 
Vulcões que sangram
No  prazer
Na ausência
 
António Alves
12/04/2013

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os poetas não morrem...
 
Os poetas não morrem.
São mundo e são universo,
são vida pra lá da vida.
 
São humanos na loucura,
sábios, lúcidos, mendigos
na procura das palavras
 
E se dizem sem dizer,
é porque só querem ser
arautos sem parecer!...
 
António Alves
11/04/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sem ti
fico vazio e perdido...

 
Sem ti
fico vazio e perdido
 
O mar chora a tua ausência
o navio afoga-se
as ondas afundam-se
 
O tempo esgota-se na saudade
as lágrimas escorrem sangue
e o rio fica salgado
 
A solidão é uma cadeira vazia
O teu sorriso longe dos meus dedos
Os meus olhos fechados
 
António Alves
10/04/2014
Como numa praia deserta...

 
Como numa praia deserta
as ondas deitadas na areia
 
Na espuma dos pensamentos
a água que escorre dos teus olhos
a luz que ilumina os teus seios
 
O meu corpo na sombra do teu
 
Na premência dos sonhos
talvez a esperança de um sorriso
as minhas mãos nas tuas
 
Deixar de te amar é morrer
Quero estar a sós contigo.
 
António Alves
10/04/2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Os cachos maduros do corpo...
 
Os cachos maduros do corpo

O mosto salgado da vida
a ternura frágil dos lábios
as mãos quentes do beijo
os dedos plantados no rio
o sorriso preso nos olhos
os braços despidos no corpo
a pele colada à pele

O jardim dos nossos sonhos
a criança que nos habita

O teu sorriso

António Alves
08/04/2014
 De linho vestida...
 


 
De linho vestida
 
Um anjo desceu à terra
uma luz na minha alma
 
Brancos e nus os teus ombros
os teus seios rosáceos bordados
 
Pode a água voltar à fonte?
 
António Alves
08/04/2014
 

terça-feira, 1 de abril de 2014

      Na música nos encontrámos...
 


Na música nos encontrámos
 
No castanho dos teus olhos
e no sorriso dos lábios
sinto o perfuma da rosa
paz
 
Em silêncio te amo
naquele banco de jardim.
 
António Alves
01/04/2014